Perspectivas Futuras do Aquecimento Residencial de Água no Brasil: uma Análise a Partir da Construção de Cenários
DOI:
https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2014.v6i2.174Palavras-chave:
Cenários energéticos. Chuveiros elétricos. Gases combustíveis. Brasil. Usos finais residenciais.Resumo
Eletricidade é a principal forma de energia utilizada no aquecimento de água para banho no Brasil. O elevado consumo elétrico decorrente desse uso final, entretanto, tem atraído a atenção daqueles envolvidos no planejamento energético do país na medida em que análises indicam que a expansão da capacidade de geração elétrica deve ocorrer a partir da maior participação de fontes de energia não renováveis em detrimento da hidroeletricidade. Além disso, a utilização maciça de chuveiros elétricos em um curto intervalo de tempo contribui significativamente para a formação de picos de demanda elétrica. Diante desse cenário, a promoção do consumo de gases combustíveis (mais especificamente, gases liquefeitos de petróleo e gás natural) para o aquecimento de água tem se apresentado como alternativa viável, do ponto de vista da eficiência e infraestrutura energética, à eletricidade. Neste trabalho, utiliza-se uma metodologia de cenários para mapear as variáveis e atores relacionados à utilização de chuveiros elétricos e avaliar o comportamento futuro dos principais elementos que condicionam a utilização dessa tecnologia. A partir disso, discutem-se estratégias e oportunidades para promover a racionalização do consumo dos recursos energéticos do país a partir da maior utilização de gases combustíveis para o aquecimento residencial de água.
Downloads
Referências
Almeida, M., Schaeffer, R., & Rovere, E. La. (2001). The potential for electricity conservation and peak load reduction in the residential sector of Brazil. Energy, 26, 413–429. Retrieved from http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0360544200000712
Behrens, A., & Consonni, S. (1990). Hot showers for ethanol rich countries. Energy, 15(9). Retrieved from http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/036054429090121H
Birol, F. (2013). World energy outlook - 2013 (p. 708). Paris. Retrieved from http://www.deltalinqsenergyforum.nl/documents/2014/IEA presentatie World Energy Outlook 2013-2035.pdf
Börjeson, L., Höjer, M., & Dreborg, K. (2006). Scenario types and techniques: towards a user’s guide. Futures, 38, 723–739. doi:10.1016/j.futures.2005.12.002
Buarque, S. (2003). Metodologia e técnicas de construção de cenários globais e regionais (No. 939) (p. 76). Brasília. Retrieved from http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2865
Castro, N. J. de, Brandão, R., & Dantas, G. de A. (2010). Considerações sobre a Ampliação da Geração Complementar ao Parque Hídrico Brasileiro (p. 32). Rio de Janeiro. Retrieved from http://www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/tdse/TDSE15.pdf
Eletrobrás. (2007). Pesquisa de Posse de Equipamentos e Hábitos de uso - Ano Base 2005. Rio de Janeiro. Retrieved from http://www.procelinfo.com.br/services/procel-info/Simuladores/DownloadSimulator.asp?DocumentID={A9E26523-80B8-41E2-8D75-083A20E85867}&ServiceInstUID={5E202C83-F05D-4280-9004-3D59B20BEA4F}
Empresa de Pesquisa Energética. (2013). Balanço Energético Nacional - Ano base 2012. Rio de Janeiro. Retrieved from https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2013.pdf
EPE - Empresa de Pesquisa Energética. (2014). Plano Decenal de Expansão da Malha de Transporte Dutoviária - PEMAT 2022. Rio de Janeiro.
Geller, H., Jannuzzi, G. D. M., Schaeffer, R., & Tolmasquim, M. T. (1998). The efficient use of electricity in Brazil: progress and opportunities. Energy Policy, 26(11), 859–872. doi:10.1016/S0301-4215(98)00006-8
Jannuzzi, G. M., & Schipper, L. (1991). The structure of electricity demand in the Brazilian household sector. Energy Policy, 879–891. Retrieved from http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/030142159190013E
Martins, F. R., Abreu, S. L., & Pereira, E. B. (2012). Scenarios for solar thermal energy applications in Brazil. Energy Policy, 48, 640–649. doi:10.1016/j.enpol.2012.05.082
MME - Ministerio de Minas e Energia. (2011). Plano Nacional de Eficiência Energética. Brasília.
Naspolini, H. F., Militão, H. S. G., & Rüther, R. (2010). The role and benefits of solar water heating in the energy demands of low-income dwellings in Brazil. Energy Conversion and Management, 51(12), 2835–2845. doi:10.1016/j.enconman.2010.06.021
Nogueira, L. P. P., Frossard Pereira de Lucena, A., Rathmann, R., Rua Rodriguez Rochedo, P., Szklo, A., & Schaeffer, R. (2014). Will thermal power plants with CCS play a role in Brazil’s future electric power generation? International Journal of Greenhouse Gas Control, 24, 115–123. doi:10.1016/j.ijggc.2014.03.002
Prado, R., & Gonçalves, O. (1998). Water heating through electric shower and energy demand. Energy and Buildings, 29, 77–82. Retrieved from http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378778898000346
Santos, A. H. C. Dos, Fagá, M. T. W., & Santos, E. M. Dos. (2013). The risks of an energy efficiency policy for buildings based solely on the consumption evaluation of final energy. International Journal of Electrical Power & Energy Systems, 44(1), 70–77. doi:10.1016/j.ijepes.2012.07.017
Santos, R. L. P. Dos, Rosa, L. P., Arouca, M. C., & Ribeiro, A. E. D. (2013). The importance of nuclear energy for the expansion of Brazil’s electricity grid. Energy Policy, 60, 284–289. doi:10.1016/j.enpol.2013.05.020
Souza, I. da S., & Takahashi, V. (2013). A visão de futuro por meio de cenários prospectivos: uma ferramenta para a antecipação da inovação disruptiva. Future Studies Research Journal, 4(2), 102–132. Retrieved from http://revistafuture.org/FSRJ/article/view/110
Volpi, G., Jannuzzi, G. M., & Gomes, R. D. M. (2006). A sustainable electricity blueprint for Brazil. Energy for Sustainable Development, 10(4), 14–24. doi:10.1016/S0973-0826(08)60552-9
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista; • O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s); • A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es); • É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação dos artigos às normas da publicação.
Os artigos publicados estão licenciados sob uma licença Creative Commons Atribuição - Não comercial - Sem derivações 4.0 Internacional.